domingo, 18 de novembro de 2007

Mind over body

Se há coisa que eu gosto é do meu stress. É-me útil. Equilibra-me. Nutro por ele tamanho afecto, que nada faço para o minimizar. Recorro, inclusivamente, a diversos factores externos para o manter bem lá no alto. Não raras vezes, quando conduzo, dou por mim a optar deliberadamente por estradas que me levarão a rotundas com grande afluência de carros, para que esse meu fiel companheiro encontre belas pastagens para se alimentar.
Não gosto é do stress dos outros. Irrita-me. Não sei bem porquê, mas acho que stresso bem melhor que a maioria dos individuos. Para eles o stress é um monstro insaciável que lhes afecta o quotidiano e lhes consome anos de vida. A essas pessoas digo: Mind over body. Quando sentirem aquela ansiedadezinha, aquela leve arritmiazinha a instalar-se; enganem o vosso querido corpinho, com a quase sempre útil, psicologia invertida. Façam exactamente o oposto ao que vem nos manuais. Tomem quatro cafés de empreitada, um cheirete do tamanho da palma da vossa mão de uma só narigada, vejam repetições de penaltis decisivos que a vossa equipa falhou. Qualquer coisa. Alimentem o monstro. Porque um monstro alimentado, é um monstro domesticado.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Oops, I did it again...

Acabo de ser informado por um membro da minha ilustre familia, que o primeiro parágrafo do último livro de Miguel Sousa Tavares, "Rio das Flores", é fortemente inspirado (tosse - "plágio" - tosse) no primeiro parágrafo dos "Cem anos de solidão" de García Marquez. Pendente de actualização.

Hit the road Jack..


Está já em pré-produção a adaptação de um dos livros que mais me marcou. Um nervoso assim para o grossinho instalou-se. Isto porque adoro (com sotaque brasileiro) este livro mas também porque é a primeira vez que espero pelo filme após ter lido o livro. Não, não li o Código do Dali, nem o Perfume. Ainda estou à espera do Porno.
Escrito por Jack Kerouac, "On the Road" é o livro que mais sentido dá à frase "Carpe Diem". Uma verdadeira ode à liberdade, em que um conjunto de personagens estranhamente loucas e entranhantes, vagueiam pelas estradas e caminhos de ferro americanos em busca de coisíssima nenhuma. Viajam por viajar, viajam porque não há mais nada para fazer. Viajam em busca de sensações imediatas e fugazes.
Nunca o sexo, drogas, jazz e vagões de mercadoria casaram tão bem, num livro de leitura viciante e viciosa.
Walter Salles ("Díarios de Che Guevara") realiza. Coppola produz. A ver.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Nevermind the poetry!

No vale dos lençóis...

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

What? No way.

Estava eu numa cavacada com uns amigos ( sim, tenho amigos) , sobre cinema quando um deles, um pouco receoso, dispara: "Sabes aquela miúda alta, magra, baixa e gorda. O filme da vida dela é o Gerry."
Una de dos, ou o Gerry é o único filme que viu, ou o Gus van Sant é o pai dela. O filme não é mau de todo, mas muito longe anda de ser uma obra-prima(com Drugstore Cowboy andou lá perto). Não sei se o Gus (só para os amigos) bebe ou usa drogas, mas o matt damon é, e sempre será um erro de casting, especialmente quando se filma cenas com um só take. Para mais, confia a estes actores menores a responsabilidade de improvisar os diálogos. Não ficou bem.
Lembro-me que quando saí da sala, olhava para a cara das poucas pessoas que ali estavam, e juro que por momentos, todos estavamos a pensar no mesmo. "Será que foi mesmo o Casey que saltou daquele rochedo? Ter-se-á magoado? Aquela merda ainda era alta. Não, se calhar não. Aterrou na areia."
Quando sais de uma sala, e é neste tipo de coisas em que ficas a pensar...