sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Smoke it if you got it.

A nova lei do tabaco! Que bem intencionada que ela é. Os não fumadores sofrem. E eu (fumador) sofro com eles. Os cafés e restaurantes, que na sua maioria vão optar por ser espaços sem fumo, tomaram esta decisão por uma razão. A lei está mal feita, e completamente desfazada da realidade. À conversa com o dono de um restaurante pequenino, ele confessou-se sem saída. Por um lado a grande parte dos seus clientes são fumadores, mas a obrigatória instalação de sistemas de extracção de fumo é dispendiosa, e a rigorosa distribuição de espaço reservado aos fumadores (30%) torna-se dificil de cumprir em espaços pequenos. Optou por ter um espaço para não fumadores por falta de opções. Só espera poder continuar a pagar as prestações ao banco. Nesse reataurante, constatei também o que de pior esta lei vai trazer. Um cliente; aqueles tótós pós-modernos que se crêeem bem informados e detentores da verdade absoluta, decide por bem, interromper a refeiçaõ de todos os comensais presentes, e anuciar em voz alta que se ia retirar por momentos para poder respirar, dando as graças aos nossos brilhantes legisladores pela boa nova que se proxima. Eu, esperei pelo seu regresso para acender o meu cigarro (Sweet revenge!). Não que esteja contra os espaços sem fumo. Completamente a favor. Não alinho é nesta euforia politicamente correcta, criada pelos iluminados da nossa ilustre assembleia, que advogam o bem comum como pilar fundamental desta medida. Ao mesmo tempo que cuidadosamente zelam pela saúde de todos nós e apuram a nobre raça lusitana, reunem nas suas fileiras estes lemmings com opiniões formatadas, que se eaquecem dos verdadeiros atentados à nossa saúde. Fecho de unidades de saúde um pouco por todo o país, filas de espera intermináveis, escassez de médicos de familia. A hipocrisia continua.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Message in a maze

Fazer passar uma mensagem. Não é tão fácil quanto parece. Por vezes até a conversa mais circunstancial, pode ser como usar um pente sem os polegares. Nada fácil! (para aqueles que efectivamente uniram os polegares e tentaram pentear-se, um sincero obrigado). Há que ser incisivo. As pessoas hoje em dia não têm tempo para nada. Ou te asseguras que existe feedback nos primeiros instantes ou então é melhor repensar o conteúdo da mensagem. Isto para quem se importa. Quando introduzo um tema, esperam-me três reacções possíveis: 1) indiferença 2) não compreensão - seguido de encenações diversas para mudar de assunto. 3) compreensão condescendente ( pessoas horríveis ). Respeito os indiferentes. Simpatizo com os menos afortunados. E desejo o pior aos condescendentes. Há descontos para amigos e conhecidos. Insisto com os desconhecidos mas com os amigos é diferente. Procuro terreno neutro, apesar das tentações. Não ofendo, nem abdico.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Bad dog

I've been a bad dog. I've been careless with a delicate man. Pois é. As pessoas são assim. Capazes do assim-assim e do pior. A noite passada o paredão ruiu. Estava eu com o resto do gang, um pouco doidos e a fazer aquelas coisas assim-assim que os humanos fazem quando não estão a fazer coisas do pior. Tudo estava bem até certo momento. Apareceu um homem bêbedo como um jumento. Este homem, nitidamente fragilizado pela vida e pelo alcóol, foi a inocente vítima das tropelias perpetradas por nós. Parecíamos hienas a alimentarem-se de uma vitela barrosã. Gozo, extorsão e muito mais. There were no boundaries, my beloved friends. The horror, the horror! A essa pessoa ( ele sabe quem é) quero desde já dizer que nem sempre somos assim, e que por trás da máscara que usámos naquela noite, se encontram pessoas que amam e são amadas. I'm so sorry!


ps: as óbvias quotes de música e filmes presentes neste post foram caridosamente cedidas pela parte do meu cérebro que não está alagada em veneno...

Shame on you, my friend...


Estas tiras não me pertencem. Foram criadas por uma pessoa que julgava minha amiga. Já não o é. Com muita pena minha. Partilhei com ele belos momentos. Espero conseguir esquecê-los. Jon, isto não se faz. É uma afronta contra os valores e moral que construimos, e juntos preservamos durante muito tempo. O que te aconteceu? Tantos actos religiosos e assembleias do CDS-PP passaram, e tu simplesmente afastas-te assim. Precisas de dinheiro, é? Abdicas assim de parte do que és, para venderes meia dúzia de desenhos a essa elite cultural que corrompe diariamente os nossos petizes, com as suas ideias liberais. Nunca pensei dizer isto, Jon. É duro mas cá vai. Adeus...













domingo, 18 de novembro de 2007

Mind over body

Se há coisa que eu gosto é do meu stress. É-me útil. Equilibra-me. Nutro por ele tamanho afecto, que nada faço para o minimizar. Recorro, inclusivamente, a diversos factores externos para o manter bem lá no alto. Não raras vezes, quando conduzo, dou por mim a optar deliberadamente por estradas que me levarão a rotundas com grande afluência de carros, para que esse meu fiel companheiro encontre belas pastagens para se alimentar.
Não gosto é do stress dos outros. Irrita-me. Não sei bem porquê, mas acho que stresso bem melhor que a maioria dos individuos. Para eles o stress é um monstro insaciável que lhes afecta o quotidiano e lhes consome anos de vida. A essas pessoas digo: Mind over body. Quando sentirem aquela ansiedadezinha, aquela leve arritmiazinha a instalar-se; enganem o vosso querido corpinho, com a quase sempre útil, psicologia invertida. Façam exactamente o oposto ao que vem nos manuais. Tomem quatro cafés de empreitada, um cheirete do tamanho da palma da vossa mão de uma só narigada, vejam repetições de penaltis decisivos que a vossa equipa falhou. Qualquer coisa. Alimentem o monstro. Porque um monstro alimentado, é um monstro domesticado.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Oops, I did it again...

Acabo de ser informado por um membro da minha ilustre familia, que o primeiro parágrafo do último livro de Miguel Sousa Tavares, "Rio das Flores", é fortemente inspirado (tosse - "plágio" - tosse) no primeiro parágrafo dos "Cem anos de solidão" de García Marquez. Pendente de actualização.

Hit the road Jack..


Está já em pré-produção a adaptação de um dos livros que mais me marcou. Um nervoso assim para o grossinho instalou-se. Isto porque adoro (com sotaque brasileiro) este livro mas também porque é a primeira vez que espero pelo filme após ter lido o livro. Não, não li o Código do Dali, nem o Perfume. Ainda estou à espera do Porno.
Escrito por Jack Kerouac, "On the Road" é o livro que mais sentido dá à frase "Carpe Diem". Uma verdadeira ode à liberdade, em que um conjunto de personagens estranhamente loucas e entranhantes, vagueiam pelas estradas e caminhos de ferro americanos em busca de coisíssima nenhuma. Viajam por viajar, viajam porque não há mais nada para fazer. Viajam em busca de sensações imediatas e fugazes.
Nunca o sexo, drogas, jazz e vagões de mercadoria casaram tão bem, num livro de leitura viciante e viciosa.
Walter Salles ("Díarios de Che Guevara") realiza. Coppola produz. A ver.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Nevermind the poetry!

No vale dos lençóis...

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

What? No way.

Estava eu numa cavacada com uns amigos ( sim, tenho amigos) , sobre cinema quando um deles, um pouco receoso, dispara: "Sabes aquela miúda alta, magra, baixa e gorda. O filme da vida dela é o Gerry."
Una de dos, ou o Gerry é o único filme que viu, ou o Gus van Sant é o pai dela. O filme não é mau de todo, mas muito longe anda de ser uma obra-prima(com Drugstore Cowboy andou lá perto). Não sei se o Gus (só para os amigos) bebe ou usa drogas, mas o matt damon é, e sempre será um erro de casting, especialmente quando se filma cenas com um só take. Para mais, confia a estes actores menores a responsabilidade de improvisar os diálogos. Não ficou bem.
Lembro-me que quando saí da sala, olhava para a cara das poucas pessoas que ali estavam, e juro que por momentos, todos estavamos a pensar no mesmo. "Será que foi mesmo o Casey que saltou daquele rochedo? Ter-se-á magoado? Aquela merda ainda era alta. Não, se calhar não. Aterrou na areia."
Quando sais de uma sala, e é neste tipo de coisas em que ficas a pensar...

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Pior que as crenças, são os crentes...

À conversa outro dia com um amigo, recibi uma terrivel noticia. Também ele havia sido tocado pela filosofia new-age. Não só havia banido todos aqueles tics egocêntricos (ou seja tudo aquilo que nos define), como se aventurara destemido numa catrapada de livros sobre o sentido da vida, cometas com caudas encandescentes que determinam a nossa energia diária, destino.
Lá fui expondo o meu ponto de vista até que: "Ouve lá, para mim, todos os nossos sonhos ou objectivos são realizáveis, desde que, concentremos toda a nossa energia nisso." Pasmei. Suspirei. E gritei: "Ó faz favor! Era mais uma."
Foi então que retorqui: "Tudo isso me parece bem catita, mas não creio que assim seja, caro amigo. Se atentares bem vagueiam pelo mundo milhões de pessoas famintas, com sonhos desfeitos, sem casa. E não me parece que tal fado lhes tenha acontecido, por falta de empenho ou por niveis baixos de energia cósmica. O que se vê a diário, são pessoas a ser espezinhadas pelo seu vizinho que só pensa nas suas necessidades imediatas."
Uma palavra saiu da boca do meu amigo: "Derrotista!" Ao que eu respondi: "Não, realista!" Ficamos neste ping-pong infantil, até à chegada da tão aguardada "mais uma".
A partir daí discutimos futebol.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Say what???

Após uma larga temporada de escárnio em relação aos bloggers, eis que, completely out of the blue, me apresento perante vocês, nú de roupa e vestido de cerveja, para vos conduzir numa estrada estelar de trivialidades e tédio infinito.