terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Requiem for a perfect genitalia!!

Tal como a fruta que tem de ser calibrada para ser comercializada também os genitais deveriam ser rigorosamente inspeccionados antes de serem lançados para o mercado sexual. Nao me parece correcto que um sirigaita tenha mais privilégios que uma peça de fruta, porque ao fim ao cabo vamos comê-la. Isto porque tenho vindo a reparar que andam por aì coisas medonhas. Vaginas que parecem ter sido cortadas por um deus em plena crise epiléptica, clítoris deformados e do tamanho de um feijao verde, lábios vaginais que mais parecem fiambre de perú ressequido pelo sol do mais árido deserto. Enfim, um sem fim de atrocidades que qualquer homem de bem nao deveria ver. Estamos perante um situaçao de saúde pública e a defesa do consumidor tem de ser salvaguardada. Proponho a criaçao imediata de uma brigada de inspecçao composta por ginecolgista e elementos da ASAE, com o objectivo de fazer um exaustivo screening da populaçao feminina sexualmente activa, para que situaçoes traumáticas nao se repitam. Proponho também a criaçao de uma equipa de psicólogos com acesso a veículos de emergência (helicópteros incluídos) para rapidamente acudirem a possiveís exposiçoes a estas aberraçoes. Por fim, para aqueles que já estao irremediavelmente transtornados, exijo um pacote de medidas paliativas tais como, benefícios ficais, isençao no IA, e um cartao de descontos para casas de alterne próximas da sua área de residência.

McEgo

As pessoas têm uma tendência para pensar que a música que ouvem é a melhor. No meu caso aplica-se.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

21st Century Over-reacting

A perspectiva da idade adulta desperta em algumas pessoas um medo irracional, que as leva a agarrarem-se a qualquer coisa que lhes dê um equilibrio (que eles acham necessário) que lhes permita uma serena compreensão das coisas. Numa castração psicológica auto-infligida, abraçam doutrinas orientais, registam-se em todos os meeting points disponíveis na internet, mudam o visual, o tom de voz e a pose adapta-se camaleonicamente a cada circunstância. - Cresceram! Quem os viu e quem os vê! - Ao abdicar dos seus impulsos naturais, criam uma Wonderland carrolliana, na qual rapidamente se integram e por onde se passeiam clones desejosos de aceitação mútua e incondicional. Nessa bolha de felicidade pueril, vão vivendo a meio-pau, esfaimados de sensações reais, sem se apercebrem que estão todos a olhar para a mesma coisa e a pensar a mesma coisa ao mesmo tempo.
Enquanto isso, lá fora, "os outros", vagabundeiam num mar imenso de prazeres mundanos; inadaptados, paranóicos e infelizes. Mas vivos!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Mind Games

Reaparei ontem que há pessoas que mentem. Não aos outros. Isso sei-o desde que a parteira disse à minha mãe, que eu era o bebé mais lindo do mundo. Reparei que as pessoas mentem a si próprias. Isso levanta questões. "O que as levará a fazer isso?" "Quais os beneficios?", e a principal: "Devo imitá-las?". Parece ser um exercicio retorcido de despersonalização que algum "ista" ou "ólogo" os mandou fazer para tentar equilibrar o inequilibrável. Parece divertido. Vou tentar...

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Ego trippin'

Tudo que em mim é virtude, nos outros é defeito.

terça-feira, 25 de março de 2008

A Sul de nenhum Norte...


Morreu ainda eu não tinha nascido para a música. Deliciei-me com a sua voz hipnotizante aquando a minha precoz audição do LP da banana dos Velvet Underground. O repeat da minha stereo já sabia do que se tratava. Era Amor. Já então se destacava das outras meninas que se passeavam pela Factory. Bela, inteligente e independente. Em Chelsea Girl revela todo seu potencial. Letras de qualidade inigualável, poemas sobre a vida e todas as dúvidas e certezas que ela nos traz. Com uma lucidez invulgar para a sua idade, escreve, compõe e interpreta algumas das melhores canções que o meu VIII nervo craneal teve o prazer de transmitir. Nos anos seguintes continuou a escrever e a explorar novos territórios com igual mestria. Uma espiral de decadência alimentada por benzedrina e heroína levou-a a perder o Norte (se é que alguma vez o teve) e foi para Sul faz agora 20 anos.





Nico - these days

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Could have been me.

"Não são as nossas paixões que nos matam. É a falta de control que temos sobre elas."

A frase é mais ou menos assim e foi dita por alguém com um talento equivalente ao meu.

Rezpect!

Noctambulando por aí, falava com os meus zippers ( não tinha botões, senão falava com eles porque como toda a gente sabe, os botões são melhores ouvintes). Sabeis caros amigos protectores de aragens inconvenientes, tenho reparado que as pessoas andam cada vez mais respeitadoras.
No antigamente, segundo o meu avô, debatia-se tudo com o coração na boca. Um - "amanhã vai chover" - dito sem a confiança necessária poderia despoletar acesas trocas de opiniões, em que os velhos e estúpidos, obstinadamente se mantinham fiéis aos seus pensamentos. Estas maratonas argumentativas terminavam por norma sem vencedores ou vencidos (como as eleições numa democracia). O propósito não era chegar a uma verdade absoluta; importante era partir ao seu encontro. "Que lamechada enfadonha" - solta o zipper das calças. "Mas com um fundo de verdade" - reage o zipper do casaco. Procurando serenar os ânimos, continuei...
Hoje, as coisas são feitas de maneira diferente. Na ausência de opiniões ou na falta de vontade e coragem para defender as que têm; as pessoas têm hoje uma arma infalível ao seu dispôr. Ouve-se com frequência:"Não concordo, mas respeito." E dito isto está a discussão acabada. Nada mais há a dizer. Não há acordo, mas temos respeito. Yuppie. Que trabalheira nos poupam estes adultos bem falantes, não vos parece.
«Eu que já cá ando faz uns anos valentes, prefiro este escapismo pós-moderno. É menos cansativo.» - zipper das calças dixit. Sem demoras o zipper do casaco responde: «És um merdas. Andas cansado de quê? De andar para cima e para baixo. Ainda por cima és empurrado.» Sem o deixar terminar, zipper das calças riposta: «Já agora. Que lata. Tu deves ser alpinista, não! Eu ando menos, mas o cheiro é pior aqui em baixo.»
E assim continuaram nesta troca de ideias, e eu continuei a noctambular.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

With or Without?

Nós por cá? Vamos indo. Umas vezes com, outras vezes sem. Nao que com seja melhor, mas sem também nao é. Porque, às vezes, ouves-te a pensar naqueles momentos com, e dizes: "Mas que belo momento aqui está." Mas também te dizem amiúde: "Lembras-te daquela vez sem. Também teve a sua beleza"
Por isso, nem com, nem sem.